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20-12-2006

Esta revolução, em tudo diferente da revolução industrial


Editorial - Os Internautas e o Poder

A revista TIME prepara-se para atribuir a personalidade do ano de 2006 a um grupo muito especial de pessoas: os utilizadores da Internet.

Em língua inglesa “YOU” (tu) será o rosto da pessoa a quem é atribuído este prémio.

Desde a década do passado século 20 que esta revista escolhe quais as personalidades que marcaram, positivamente ou negativamente, o ano em causa.

Ao atribuírem este ano a capa da revista aos internautas, os editores americanos percebem claramente que existe uma nova forma de fazer democracia no mundo, uma nova forma de colocar as questões aos políticos, um novo movimento sem qualquer controlo financeiro ou político (ou com demasiados controlos) que acabará inevitável e decisivamente por influenciar o mundo que conhecemos.

Esta revolução, em tudo diferente da revolução industrial, dissonante dos movimentos libertários dos anos sessenta, diversa da alteração profunda que o aparecimento da rádio ou a televisão geraram, terá, no entanto, as mesmas consequências: uma profunda alteração da relação de poder nas sociedades mas, sobretudo, uma nova forma de comunicar a insatisfação ou regozijo e pressionar a opinião pública. Enfim, uma outra forma de fazer “lobbing” político.

Levará tempo até que os políticos consigam manobrar, não pela força da censura ou das armas, este gigante de comunicação e informação que é a Internet e a sua possibilidade de agregar vontades. Muitos dos países menos democráticos ou totalitários serão felizmente derrotados por esta forma de comunicar democrática, mesmo que limitem o acesso dos seus cidadãos à net.

Como tudo, a Internet tem coisas boas e realidades tenebrosas. Um dos exemplos mais desgraçados é a explosão de sites pornográficos e pedófilos. Mas tem muito, muito mais de bom que todos começamos a experimentar diariamente. A informação directa e em tempo real, o acesso rápido a todo o tipo de informação seja de carácter técnico ou de cultura geral como de enciclopédias gratuitas, o apoio lúdico aos nossos filhos são algumas entre muitas outras vantagens.

Em Portugal, estes movimentos de internautas começam a aparecer e a colocar em causa a governação por boas e más razões. Os movimentos cívicos, que, por exemplo, se opõem ao pagamento de portagens organizaram-se na Internet, a contestação às aulas de substituição nos blogs, os apoiantes dos movimentos pela vida ou pelo aborto têm imensos sites na blogoesfera.

Estranhamente, os governos de Portugal até têm andado bem neste campo da Internet e os portugueses podem hoje usufruir de diversos serviços estatais neste campo. Mas também usam a Internet para propaganda fácil e demagógica como as listas de devedores à segurança social ou ao fisco.

António Granjeia*
*Admnistrador do Jornal da Bairrada


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